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Faziam bem, a Câmara Municipal de Coimbra e o Governo, em comemorar os 200 anos do nascimento de Charles Darwin mostrando que os erros fazem parte da evolução e que a inteligência serve para os saber reconhecer e corrigir. Mas faziam bem sobretudo para demonstrar que não partem de um conceito grunho de cidade, nem de noções de ocupação humana do espaço e de desenvolvimento da idade da pedra.
Embora pareça, pois - de forma inacreditável - a autarquia de Coimbra e o governo da nação preparam-se para sulcar
uma zona verde singular (a que se chega em trinta minutos a pé desde o centro histórico da cidade), com o alcatrão e betão de uma via rápida a construir (e que supostamente serviria para afastar o tráfego da urbe). Trata-se comprovadamente de uma opção desnecessária, irracional, irresponsável e incompentente, existindo
evidentes soluções alternativas, que fazem todo o sentido.
É
isto que está em causa com o Plano Rodoviário de Coimbra, que prevê o atravessamento da Mata do Choupal pelo IC2. É por isto que um grupo de cidadãos se organizou em plataforma cívica, promovendo uma
petição e a realização de um cordão humano, dia 15 de Fevereiro às 11 horas.