histórias bem contadas
Para que pudesse existir uma mesma lógica de raciocínio entre o episódio do estudo encomendado pelo Ministério da Educação (e apresentado como sendo da OCDE) e a história do parecer encomendado por professores a Garcia Pereira (sobre a inconstitucionalidade do modelo de avaliação de desempenho docente), esta última teria que se ter passado de outro modo.
Para haver semelhança, os professores encomendariam o parecer a um grupo de advogados e viriam depois dizer que se tratava de um parecer de Garcia Pereira (ou, recuando, que o parecer utilizava as "metodologias" seguidas por Garcia Pereira - como fez o ME, na tentativa de disfarçar a marosca).
É ainda curioso que no caso do parecer de Garcia Pereira se sublinhe o facto de se tratar de um parecer (o que corresponde inteiramente à verdade). Mas já no caso da OCDE tratar-se-ia (caso esta organização fosse efectivamente a autora do estudo) de uma espécie de palavra divina, imparcial e inquestionável (jamais um parecer, portanto). Estranha necessidade esta, a do ME, em colar com cuspo etiquetas de suposta qualidade aos seus produtos. Terão afinal dúvidas quanto ao seu mérito intrínseco?
Para haver semelhança, os professores encomendariam o parecer a um grupo de advogados e viriam depois dizer que se tratava de um parecer de Garcia Pereira (ou, recuando, que o parecer utilizava as "metodologias" seguidas por Garcia Pereira - como fez o ME, na tentativa de disfarçar a marosca).
É ainda curioso que no caso do parecer de Garcia Pereira se sublinhe o facto de se tratar de um parecer (o que corresponde inteiramente à verdade). Mas já no caso da OCDE tratar-se-ia (caso esta organização fosse efectivamente a autora do estudo) de uma espécie de palavra divina, imparcial e inquestionável (jamais um parecer, portanto). Estranha necessidade esta, a do ME, em colar com cuspo etiquetas de suposta qualidade aos seus produtos. Terão afinal dúvidas quanto ao seu mérito intrínseco?
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