a vida como ela é (1)
“A minha irmã tinha 19 anos. Estava em Lisboa a estudar e sabia tudo o que se deve saber para nunca ter de vir a fazer um aborto. Ainda assim a cara dela não mentia: "Aconteceu...". (…) Foi numa garagem de uma vivenda mesmo perto da minha casa. Vimos sair a mãe e filha que lá estavam antes. A senhora foi pôr o jantar ao lume antes de nos “atender”. A minha irmã gritou. Tenho a certeza que lhe doeu mais a ela do que a mim, mas das palavras de agradecimento à senhora que o fez ficou a enorme certeza: isto não deveria ser assim. Não deveria ser pior do que já é. Não deveria ser escondido, escuro, criminoso (…)”.
(Relato completo em Eu Voto Sim!)
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