boa noite e boa sorte
"A nossa história será aquilo que fizermos dela. (...) Sonhemos a ponto de dizer que num dado serão de domingo, um espaço de programação normalmente de Ed Sullivan é cedido a uma pesquisa científica sobre o estado da educação americana. E que, uma ou duas semanas depois, um espaço normalmente ocupado por Steve Allen é inteiramente atribuído à análise da política americana do Médio Oriente. (...) Àqueles que afirmam: «as pessoas não viam, não estão interessadas, são demasiado complacentes, indiferentes e isoladas», só posso responder que há, na opinião deste vosso repórter, provas consideráveis que desmentem esse argumento. É que se têm razão, e este instrumento não serve senão para entreter, divertir e isolar, então o televisor corre sérios perigos e em breve constataremos que toda a batalha está perdida. A televisão pode ensinar. Pode esclarecer e, inclusivamente, inspirar. Mas só o poderá fazer se os seres humanos quiserem usá-la para esse fim. Caso contrário é uma amálgama de fios e luzes... dentro de uma caixa. Boa noite, e boa sorte."
Do discurso de Edward Murrow (David Strathairn), no final de Good Night and Good Luck (George Clooney, 2005). Sobre a boa política e o bom jornalismo, no vazio e no jogo de espelhos dos tempos que correm.
Do discurso de Edward Murrow (David Strathairn), no final de Good Night and Good Luck (George Clooney, 2005). Sobre a boa política e o bom jornalismo, no vazio e no jogo de espelhos dos tempos que correm.
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