sexta-feira, fevereiro 26, 2010

sete anos e oitenta e cinco dias

Não há nada, rigorosamente nada que, no regime cubano, possa justificar, tolerar ou minimizar a morte de Orlando Zapata Tamayo, após 85 dias em greve de fome. Detido em 2003, na sequência da participação num jejum de protesto, julgado em 2004 e inicialmente condenado a três anos de prisão, veria a sua pena consecutivamente agravada para cerca de 30 anos, por actos de "desobediência, desordem e protestos a favor dos direitos humanos", "cometidos" em situação de detenção. Tamayo iniciou a greve de fome em Dezembro passado (o mês em que Aminetu Haidar regressaria a casa, depois de a intensa pressão internacional fazer ceder Marrocos e colocar um termo a 32 dias de greve de fome).