o que há de novo no pordata?
Esta semana foram entoadas rasgadas loas ao Pordata, a Base de Dados do Portugal Contemporâneo, promovida por António Barreto no âmbito da actividade da Fundação a que preside. Num jornal da SIC Notícias, chegou a ouvir-se um sociólogo com muitos caracóis dizer que não havia nada semelhante nem no país nem no mundo, nada tão inovador. Após uma breve consulta, porém, constata-se que a referida base de dados está ainda muito longe do Portal do INE, que tem nos últimos anos feito uma revolução, tão extraordinária como silenciosa, no modo como organiza e torna mais acessível informação diversa aos cidadãos. Ao contrário deste, o Pordata não permite por exemplo desagregações territoriais dos dados, limitando-se - por agora - a basicamente reproduzir, actualizar, corrigir e cruzar as séries de informação anteriormente coligidas no âmbito do projecto Situação Social em Portugal, 1960-1999, igualmente dirigido por António Barreto. Enquanto base de dados requentada, a relevância do Pordata é portanto - neste momento - apenas potencial (o que talvez não justifique a amplitude da campanha promocional de que foi objecto).
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