terça-feira, fevereiro 16, 2010

do sindicalismo

"Em Portugal não vemos esta actividade, essencialmente porque os sindicatos se desviaram dos seus primórdios fundadores (o mutualismo) e se transformaram na maioria dos casos em apêndices dos partidos políticos, calendarizando as suas lutas e ou submissões, conforme os interesses destes. O mundo mudou, as indústrias mudaram, e os Sindicatos têm que mudar. Foi assim em boa parte do mundo, mas em Portugal, no sindicalismo, como nas associações patronais, ficámos agarrados ao passado. O Patronato manteve-se o mais retrógrado de toda a Europa, os Sindicatos os mais marcados ideologicamente pelo sistema sindical que implodiu com o dito socialismo real do Leste. Os Sindicatos desculpam-se e dizem que se adaptar é ceder, então mais vale continuar retrógrado. Mas o problema não é esse, o problema é encarar de frente os novos sistemas de trabalho, a flexibilidade, as novas polivalências, as novas profissões, os novos horários de trabalho respeitando as cargas de trabalho, no principio de que deve ser o trabalho a adaptar-se ao homem e não o contrário."

(Do artigo de António Chora, via Jugular)