ainda a madeira
A escassez de benefícios (que apesar de tudo existem) para os habitantes da Madeira, decorrentes do facto de o arquipélago possuir um offshore, é um dos argumentos que tem sido invocado para justificar as alterações à Lei das Finanças Regionais. Deste ponto de vista, o PIB da região estaria sobrestimado em cerca de 20% (a parcela que corresponde ao offshore), devendo por isso as transferências do OE ser calculadas sem aquele valor.
Para além de ser muito questionável a ideia de que o offshore não deve integrar o apuramento do PIB da Madeira para efeitos orçamentais (o suposto prejuízo que ele tem causado à região é aliás mais um argumento a favor da sua extinção), há outra questão a considerar. Trata-se de saber - a partir da comparação dos níveis de desenvolvimento das diferentes regiões do país - qual deve ser hoje o peso das transferências orçamentais para a Madeira, em nome de elementares princípios de justiça e coesão territorial.
Ora, ao apurar os valores do PIB per capita, verificamos que a Madeira é a região que melhor evolução tem registado desde 1996 (demonstrando assim "as virtudes macroeconómicas das transferências regionais"), ao ponto de - em 2008 - ser a segunda região do país com os mais altos níveis de rendimento (gráfico da esquerda). E mesmo quando descontamos o impacto do offshore (20%), a Madeira continua bem posicionada (gráfico da direita), sendo o seu nível de rendimentos apenas superado pelas regiões de Lisboa e do Algarve. Razão pela qual a análise dos desiquíbrios de desenvolvimento entre todas as regiões do país deveria ser assumida como ponto de partida de qualquer processo de revisão da Lei das Finanças Regionais.
Para além de ser muito questionável a ideia de que o offshore não deve integrar o apuramento do PIB da Madeira para efeitos orçamentais (o suposto prejuízo que ele tem causado à região é aliás mais um argumento a favor da sua extinção), há outra questão a considerar. Trata-se de saber - a partir da comparação dos níveis de desenvolvimento das diferentes regiões do país - qual deve ser hoje o peso das transferências orçamentais para a Madeira, em nome de elementares princípios de justiça e coesão territorial.
Ora, ao apurar os valores do PIB per capita, verificamos que a Madeira é a região que melhor evolução tem registado desde 1996 (demonstrando assim "as virtudes macroeconómicas das transferências regionais"), ao ponto de - em 2008 - ser a segunda região do país com os mais altos níveis de rendimento (gráfico da esquerda). E mesmo quando descontamos o impacto do offshore (20%), a Madeira continua bem posicionada (gráfico da direita), sendo o seu nível de rendimentos apenas superado pelas regiões de Lisboa e do Algarve. Razão pela qual a análise dos desiquíbrios de desenvolvimento entre todas as regiões do país deveria ser assumida como ponto de partida de qualquer processo de revisão da Lei das Finanças Regionais.
<< Home