como se na UE portugal pagasse o desenvolvimento sueco
"O monstro precisa de mais recursos, mas os do continente, porque Jardim não está para poupar nem para aumentar o IVA regional para os valores pagos em Viana ou na Sertã. Num país justo, seria uma injustiça que a parte pobre financiasse a parte rica. Era como se na União Europeia Portugal pagasse o desenvolvimento sueco (...). O que está em causa não é a aversão a Jardim. No actual estado do país, mudar a lei é abdicar de princípios básicos de rigor fiscal e de equidade territorial. Mais importante do que as finanças da Madeira é a agonia do interior. Mas aí não há um Jardim para causar alvoroço."
(Comentário de Manuel Carvalho no Público, que vale a pena ler na íntegra)
Que o PSD seja eterno refém do peso eleitoral da Madeira, não é novidade. Que o PCP e o CDS se empenhem numa demonstração de força da oposição, também não espanta. Mas já surpreende, e muito, que o Bloco de Esquerda alinhe na jogada. Por mais que tente justificar esta opção invocando o pretexto utilizado pelo PS para criar uma crise política (problema deles), ou a contradição entre o voto do PS Madeira e do PS nacional (problema igualmente deles), ou a distorção causada pelo offshore da Madeira (problema do Bloco, que assim o legitima, em vez de reforçar a exigência da sua extinção). Por mais que o partido invoque, enfim, o reduzido impacto das alterações (0,03%) no Orçamento de Estado.
O valor que está em questão é essencialmente simbólico e político, e não assenta portanto no grau de (in)significância dos tostões a somar ao orçamento regional. Porque estão em causa claros princípios de justiça e coesão/equidade territorial, na primeira linha de defesa dos quais se esperava encontrar o BE.
(Comentário de Manuel Carvalho no Público, que vale a pena ler na íntegra)
Que o PSD seja eterno refém do peso eleitoral da Madeira, não é novidade. Que o PCP e o CDS se empenhem numa demonstração de força da oposição, também não espanta. Mas já surpreende, e muito, que o Bloco de Esquerda alinhe na jogada. Por mais que tente justificar esta opção invocando o pretexto utilizado pelo PS para criar uma crise política (problema deles), ou a contradição entre o voto do PS Madeira e do PS nacional (problema igualmente deles), ou a distorção causada pelo offshore da Madeira (problema do Bloco, que assim o legitima, em vez de reforçar a exigência da sua extinção). Por mais que o partido invoque, enfim, o reduzido impacto das alterações (0,03%) no Orçamento de Estado.
O valor que está em questão é essencialmente simbólico e político, e não assenta portanto no grau de (in)significância dos tostões a somar ao orçamento regional. Porque estão em causa claros princípios de justiça e coesão/equidade territorial, na primeira linha de defesa dos quais se esperava encontrar o BE.
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