razões sem razão
"Para se fazer perdoar em certa ocasião pela namorada Ophelia, escreveu assim Fernando Pessoa: eu sei que não tenho desculpa; mas tenho desculpas. Para nos justificar por que razão não convoca o referendo sobre o Tratado de Lisboa, José Sócrates está numa posição semelhante. Tem muitas razões. Mas não tem razão.
(...) Sócrates pode dizer: mas Sarkozy, mas Merkel, mas Gordon Brown. Mas nada. O compromisso que ele tinha não era com Sarkozy, nem com Merkel, nem com Gordon Brown. Nem sequer com Cavaco Silva. Esse compromisso era conosco.
Sócrates pode dizer: tomaria algum de vocês uma decisão diferente, colocando em risco a União Europeia? E a resposta é: talvez não. Mas se assim é, teria feito melhor em dizer-nos desde o início que o referendo era impossível de se fazer."
(Do artigo de Rui Tavares, a 10 de Janeiro)
(...) Sócrates pode dizer: mas Sarkozy, mas Merkel, mas Gordon Brown. Mas nada. O compromisso que ele tinha não era com Sarkozy, nem com Merkel, nem com Gordon Brown. Nem sequer com Cavaco Silva. Esse compromisso era conosco.
Sócrates pode dizer: tomaria algum de vocês uma decisão diferente, colocando em risco a União Europeia? E a resposta é: talvez não. Mas se assim é, teria feito melhor em dizer-nos desde o início que o referendo era impossível de se fazer."
(Do artigo de Rui Tavares, a 10 de Janeiro)
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