vidas
"(...) Um licenciado em Direito e um guarda-redes internacional figuram entre o grupo de 23 imigrantes marroquinos [que desembarcaram no passado dia 18 de Dezembro na ilha de Culatra, depois de partirem de Marrocos rumo à Europa, num pequeno barco de pesca]. (...) O "passador", dono do barco, abandonou os imigrantes e fugiu, quando se aproximou da Culatra, na ilha Formosa: "Vão descansar, durmam na areia." (...) Pela viagem pagaram entre 700 e mil euros cada um. Uma das mulheres entregou uma prestação de 300 euros, com a promessa de que pagaria o restante quando arranjasse trabalho.
(...) Num primeiro contacto com a comunidade piscatória local - apesar de muito debilitados - terão esboçado um sorriso de alívio e esperança. Mas assim que perceberam que não estavam em Espanha, deixaram de falar castelhano e começaram a discutir em árabe.
(...) O proprietário da embarcação, quando se aproximou da costa algarvia, fez uma chamada e uma lancha rápida veio buscá-lo. (...) Os imigrantes, entre os quais cinco mulheres, ficaram entregues à sua sorte.
(...) As roupas leves que vestiam foram ficando ensopadas durante a travessia e à noite, com temperaturas de três a quatro graus, ficaram enregelados. O espaço do barco foi disputado palmo a palmo. (...) De Kenetra, uma localidade a 40 Km de Rabat, o barco partiu com 30 pessoas a bordo. O dono da embarcação disse que havia carga a mais, e ordenou que dez teriam que se atirar à água. (...) Seis regressaram a terra a nado. (...) Das cinco mulheres, a mais nova, com 15 anos, já tinha sido capturada em Espanha, numa fuga sem sucesso."
(Da reportagem de Idálio Revez, no Público de hoje)
(...) Num primeiro contacto com a comunidade piscatória local - apesar de muito debilitados - terão esboçado um sorriso de alívio e esperança. Mas assim que perceberam que não estavam em Espanha, deixaram de falar castelhano e começaram a discutir em árabe.
(...) O proprietário da embarcação, quando se aproximou da costa algarvia, fez uma chamada e uma lancha rápida veio buscá-lo. (...) Os imigrantes, entre os quais cinco mulheres, ficaram entregues à sua sorte.
(...) As roupas leves que vestiam foram ficando ensopadas durante a travessia e à noite, com temperaturas de três a quatro graus, ficaram enregelados. O espaço do barco foi disputado palmo a palmo. (...) De Kenetra, uma localidade a 40 Km de Rabat, o barco partiu com 30 pessoas a bordo. O dono da embarcação disse que havia carga a mais, e ordenou que dez teriam que se atirar à água. (...) Seis regressaram a terra a nado. (...) Das cinco mulheres, a mais nova, com 15 anos, já tinha sido capturada em Espanha, numa fuga sem sucesso."
(Da reportagem de Idálio Revez, no Público de hoje)
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