terça-feira, novembro 24, 2009

escutas

"O eng. Sócrates foi apanhado por uma escuta a falar com Armando Vara. Claro que fortuitamente, ou seja, a escuta não se destinava a recolher informações sobre ele, mas sobre Vara. De qualquer maneira, dezenas de pessoas ficaram a saber sobre ele o que em nenhuma circunstâcia deviam saber e como de costume chegaram aos jornais rumores - não autentificados - que o prejudicam. Uma lei sensata mandaria selar imediatamente a gravação e, se por acaso existissem indícios de alguma actividade criminosa do primeiro-ministro, determinaria que ele respondesse pelo que fizera (ou deixava de fazer) no fim do seu mandato. A lei vigente junta o pior de dois mundos. Cria suspeitas que não resolve e, de caminho, diminuiu a principal autoridade de que os portugueses dependem."

(Do artigo de Vasco Pulido Valente, no Público de 20 de Novembro)