toda a diferença
Com a benção da DREN, crianças e jovens de etnia cigana foram colocadas num contentor, separado do edifício principal de uma escola primária normal. No contentor, misturaram-se crianças com 9 anos e jovens com 18, a frequentar pelo menos dois ciclos de escolaridade distintos (1º e 2º).
À constituição deste aquartelamento racial, a Directora da DREN, Margarida Moreira (uma nódoa que por várias razões deixará mancha na história do PS), chamou "discriminação positiva", não invocando um único argumento capaz de fundamentar, de modo aceitável, a "positividade" da medida.
Escola e contentor ficam na freguesia de Barqueiros, concelho de Barcelos, Distrito de Braga. O mesmo distrito onde em 1996, em Oleiros, se formaram "milícias populares", armadas com paus e encobertas com gorros, que cortavam estradas e inspeccionavam viaturas tendo em vista "controlar" os movimentos da comunidade cigana local.
Mais a sul, em Lisboa, na freguesia da Ameixoeira, foi constituída neste ano lectivo uma turma exclusivamente formada por alunas ciganas do 1º ciclo, tendo em vista romper com um obstáculo cultural terrível: ao chegarem à puberdade, as meninas ciganas são proibídas pelos pais de ir à escola (nenhuma delas prosseguiria, no máximo, para além da 4ª classe). O projecto envolve a escola e outros actores locais, tendo sido concebido mediante um estreito diálogo com os pais das crianças, que comparecem às reuniões promovidas regularmente pela escola, podendo desse modo acompanhar o progresso escolar das filhas. Trata-se de uma solução transitória, prevendo-se que nos próximos anos a turma já incorpore meninos de etnia cigana, sendo posteriormente constituídas "turmas normais". Uma discriminação necessária para estabelecer rupturas com a "tradição".
Entre o aquartelamento racial de Barqueiros e a turma de meninas ciganas da Ameixoeira existe muito mais do que as centenas de quilómetros que separam os dois lugares. Existe toda a diferença.
À constituição deste aquartelamento racial, a Directora da DREN, Margarida Moreira (uma nódoa que por várias razões deixará mancha na história do PS), chamou "discriminação positiva", não invocando um único argumento capaz de fundamentar, de modo aceitável, a "positividade" da medida.
Escola e contentor ficam na freguesia de Barqueiros, concelho de Barcelos, Distrito de Braga. O mesmo distrito onde em 1996, em Oleiros, se formaram "milícias populares", armadas com paus e encobertas com gorros, que cortavam estradas e inspeccionavam viaturas tendo em vista "controlar" os movimentos da comunidade cigana local.
Mais a sul, em Lisboa, na freguesia da Ameixoeira, foi constituída neste ano lectivo uma turma exclusivamente formada por alunas ciganas do 1º ciclo, tendo em vista romper com um obstáculo cultural terrível: ao chegarem à puberdade, as meninas ciganas são proibídas pelos pais de ir à escola (nenhuma delas prosseguiria, no máximo, para além da 4ª classe). O projecto envolve a escola e outros actores locais, tendo sido concebido mediante um estreito diálogo com os pais das crianças, que comparecem às reuniões promovidas regularmente pela escola, podendo desse modo acompanhar o progresso escolar das filhas. Trata-se de uma solução transitória, prevendo-se que nos próximos anos a turma já incorpore meninos de etnia cigana, sendo posteriormente constituídas "turmas normais". Uma discriminação necessária para estabelecer rupturas com a "tradição".
Entre o aquartelamento racial de Barqueiros e a turma de meninas ciganas da Ameixoeira existe muito mais do que as centenas de quilómetros que separam os dois lugares. Existe toda a diferença.
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