a última ceia
Há um par de diferenças entre a última ceia e o concerto de Leonard Cohen do passado sábado. Ao contrário dos discípulos de Cohen, os apóstolos não sabiam antecipadamente tratar-se da última refeição em comum. E se os sucessivos regressos de Cohen ao palco, quando se pensava ter já terminado a cerimónia, forem uma espécie de parábola, talvez estas não sejam afinal as suas derradeiras aparições em público.
Mas a noite teve a plenitude que é própria a uma última ceia. À Última Ceia. Não se trata de um mero jantar, igual a tantos outros, mesmo com as melhores iguarias. Durante a celebração, numa consumação litúrgica feita de sagrado e profano, Cohen anunciou ao mundo a verdade sobre a vida e as coisas, que a filosofia e a religião desde há muito procuram. Está em The Tower of Song e é simples: turu na nana turu na na.
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