ciência viva
Desconhecendo em absoluto o que se sente com um tremor de terra, ou querendo ter a noção de uma forma previamente determinada, a Praça do Rossio, em Lisboa, pode ser uma boa opção. Sensivelmente a meio, no espaço que fica em frente à estátua erigida a D. Pedro IV (que dizem representa, na verdade, o Imperador mexicano Maximiliano) e a grelha do respirador da rede de metro, sente-se a terra, discretamente, a estremecer. O efeito, muito real, deve-se à circulação subterrânea das composições. Mas não custa pensar, atendendo ao lugar em que se está, que poderia igualmente tratar-se de uma espécie de eco, permanente, da memória da terra.
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