navegação à vista
Cavaco Silva, quando interprelado pela comunicação social, na sequência de uma qualquer declaração que decide dirigir ao país, faz-me sempre lembrar um barco. Enquanto está atracado ao porto (na segurança do discurso previamente preparado) tudo corre bem. Mas quando surgem as perguntas inesperadas dos jornalistas dá início a uma espécie de navegação à vista. É algo como tatear no escuro à procura das palavras e das respostas, sem saber bem até onde pode ou quer ir. Sem saber muito bem, para além da mensagem previamente estudada, o que quer acrescentar (um bom exemplo disto mesmo surgiu há momentos, na edição da noite da SIC Notícias, na sequência da intervenção presidencial sobre a necessidade de actuação do governo face aos recentes casos de criminalidade). Há pormenores, por vezes, que dizem imenso sobre as pessoas.
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