da coerência
"A primeira peticionária a propor este referendo [sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo], a Isilda Pegado, foi uma das deputadas a votar contra a primeira petição popular para convocar um referendo à legalização da IVG. Foi em 2003, e recolheu 121 mil assinaturas. Ups, lá se vai o argumento de que não se pode deixar de ouvir 90 mil pessoas…" (Pedro Sales, Arrastão, via Jugular)
Tal como na questão da despenalização do aborto, o ponto mais curioso não está obviamente nas diferenças de opinião (muitas vezes perfeitamente inteligíveis), mas sim na particular propensão de alguns dos mais proeminentes opositores para se desprover, no contexto do debate, de um mínimo de coerência e lisura intelectual. Terá esta tendência que ver com a imparável vontade de impor a terceiros a sua visão do mundo e códigos de conduta?
Do outro lado, talvez fosse igualmente bom assentar a recusa do referendo essencialmente na questão de princípio: não se referendam matérias que têm que ver com opções individuais (como deveria ter sucedido com a questão do aborto), em lugar de tanto se invocarem as representatividades parlamentares ou o sufrágio de programas eleitorais.
Tal como na questão da despenalização do aborto, o ponto mais curioso não está obviamente nas diferenças de opinião (muitas vezes perfeitamente inteligíveis), mas sim na particular propensão de alguns dos mais proeminentes opositores para se desprover, no contexto do debate, de um mínimo de coerência e lisura intelectual. Terá esta tendência que ver com a imparável vontade de impor a terceiros a sua visão do mundo e códigos de conduta?
Do outro lado, talvez fosse igualmente bom assentar a recusa do referendo essencialmente na questão de princípio: não se referendam matérias que têm que ver com opções individuais (como deveria ter sucedido com a questão do aborto), em lugar de tanto se invocarem as representatividades parlamentares ou o sufrágio de programas eleitorais.
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