quarta-feira, setembro 16, 2009

quo vadis, europa?

O mais improvável sobrevivente político da cimeira dos Açores, Durão Barroso, foi hoje reconduzido no cargo de presidente da Comissão Europeia. Aznar, Blair e Bush, apesar de tudo mais politicamente convictos da invasão do Iraque, foram sendo apeados do trilho da História.
Ora é curiosamente ele, Barroso, o mais inconsistente, viscoso e subserviente de todos, aquele que mais agiu em função do seu estrito interesse pessoal (a ele sim, se aplica o que dizia há dias Manuela Ferreira Leite sobre ser capaz de "matar o pai e a mãe só para ser órfão"), quem sobrevive, condenando a Europa  a mais cinco anos de letargia, incapacidade e calculismo pessoal.
Barroso defenderá o que for preciso, uma coisa e o seu contrário, sem qualquer centelha de convicção ideológica ou escrúpulo, para se manter à tona de água. Num tempo em que se exige determinação e real capacidade de mudança, no tempo de Obama, é esta parda figura que o parlamento escolhe para a liderança europeia. Quo vadis, Europa?