a avaliação (I)
A contestação não se faz esperar. Uma primeira manifestação reúne em Março cerca de 100 mil pessoas nas ruas de Lisboa, sendo entretanto celebrado um memorando de entendimento entre o Ministério da Educação e os sindicatos, que aceitam a experimentação do modelo. Este sofre ligeiras alterações e um adiamento da sua implementação generalizada para o início do ano lectivo. Em Novembro, uma segunda manifestação enche a capital do país com cerca de 120 mil pessoas.
O braço de ferro entre o Ministério da Educação e os professores agudiza-se, tornando aparentemente irredutíveis as posições de ambas as partes. O sistema educativo conhece uma instabilidade profunda e instaura-se uma situação de impasse.
O Ministério da Educação recusa a suspensão do modelo, antes do balanço acordado com os sindicatos, em Julho de 2009. Entre os professores, a rejeição do modelo dissimula as divergências internas: uns concordarão com o modelo em vigor, apenas reivindicando adaptações e melhorias, outros recusam por princípio a própria avaliação e, provavelmente a larga maioria, concorda com a avaliação mas exige um outro modelo. Entre estes segmentos é difícil estabelecer quais as opiniões prevalecentes, em termos de desenvolvimento do processo, tornando difícil encontrar uma solução em que todas as partes se possam rever.
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