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O Público de hoje lembra que há 75 anos, na noite de 27 para 28 de Fevereiro de 1933, o Reichstag era consumido pelas chamas, na sequência de um acto de fogo posto cuja autoria é ainda objecto de discussão (com a dúvida se Marinus van der Lubbe, que pertencera às Juventudes Comunistas Holandesas, e encontrado a atear pequenos focos de incêndio, agira individualmente e por mote próprio, ou se foram as Secções de Assalto nazis que trataram directamente, ou através dele, de reduzir o parlamento alemão à sua estrutura exterior). A 28 de Fevereiro, contudo, o pretexto serve a Hitler para obter do presidente Hindenburg o decreto "Protecção do Povo e do Estado", que suprime as liberdades constitucionais e inicia as práticas de terror e arbítrio. Com eleições à porta, o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP) obtém a 5 de Março 43,7% dos votos e, aliado ao Partido Nacional Popular Alemão (DNVP), alcança a maioria absoluta. A 22 de Março é criado o primeiro campo de concentração, em Dachau, para comunistas, judeus e "associais". Daí em diante, o episódio do incêndio torna-se irrelevante. A Alemanha nazi está em marcha.
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